Alerta! Cannabis contaminada circula na Europa

Até plantas estão sujeitas a adulterações e nos últimos meses têm sido descobertas ervas pulverizadas com substâncias potencialmente perigosas se fumadas, tais como vidros, metais, amido, farinha, pó de talco, cola, açúcar, areia e cimento…
Estas fraudes são destinadas a aumentar a margem de lucro, pela venda de ervas de baixa qualidade a alto preço por aparentarem ser de topo (normalmente skunk proveniente da Holanda), e/ou pelo simples aumento do peso do produto.

Também em Inglaterra foram já encontradas plantações contaminadas com minúsculas partículas de vidro que funde a temperaturas muito altas, o que faz com que se alojem prejudicialmente nos pulmões quando fumadas sem filtro.

Algumas destas ervas podem ser facilmente detectáveis se observadas atentamente, pela presença de grandes quantidades de pós diferentes dos cristais naturais da planta e, pelo menos em alguns casos, pelo pouco efeito psicoactivo que produzem… Mas noutras pode ser extremamente difícil perceber se a erva foi cortada, pois o cheiro e a aparência não o indicam. Em alguns casos apenas através do microscópio se podem perceber as diferenças! (Vê fotos e videos nos links)
Também é possível que o sabor denuncie a adulteração, pelo menos em alguns casos. Porém este é um método imperfeito para tirar as dúvidas, pois se de facto a erva contem aditivos, estes estão já a ser ingeridos…

Antes destes alertas já era conhecido o uso de pesticidas na agricultura em geral e inclusivamente no cultivo de Marijuana. Porém estes são motivos de preocupação acrescidos para os consumidores da planta, que devem estar atentos. Enquanto não chegam dados conclusivos, existem rumores de alguns dos aditivos poderem causar úlceras na boca, tosse e dores na garganta e pulmões. Mas como é sabido a investigação científica sobre o tema está limitada pelo estatuto ilegal da substância, o mesmo que facilita este tipo de fraudes.

Links:

- Fotos e análise microscópica de uma amostra (autor anónimo):
http://www.cannaprag.net/comment/070101.htm
http://www.cannaprag.net/comment/070101_pics.htm
http://www.cannaprag.net/comment/070107.htm

- Video-Reportagem ITV Wales, Parte 1:
https://www.youtube.com/watch?v=I_-Hf0NXMNU&mode=related&search=
- Video-Reportagem ITV Wales, Parte 2:
https://www.youtube.com/watch?v=k8QNeU-B3Kk&mode=related&search=

- Artigo da Soft Secrets:
http://www.ukcia.org/library/contamination.htm


Comentem…

EStive a ler um pouco dos artigos e a ver os videos impresionante...
Obrigado por partilhares eu tambem estou ligado a outros foruns e ja enviei tambem para verem.

( ) Legalize

Felizmente este tipo de contaminação não chegou cá, talvez porque o mercado de cannabis herbal ainda constituir uma fatia infima do mercado português de produtos (supostamente ) de origem canábica. Há pouca erva no mercado português. No Reino Unido o cenário mudou.

O UK sempre foi, tal como Portugal, um dos grandes mercados importadores de sabão/sabonete, o infame pseudo-haxixe, mas, fruto de uma maior consciencialização do que é realmente o sabão e do cada vez maior controle das fronteiras, o mercado mudou completamente e virou-se para a cannabis herbal, de produção nacional.

Não tardou muito até que as máfias e os gangs (verdadeiros gangs, não é como cá em Portugal que basta haver 3 putos num caso para que seja escarrapachado nos cabeçalhos "Gang ataca novamente!!") tomassem conta do negócio, produzindo cannabis em vivendas e apartamentos e, claro, usando todos os métodos possiveis e imaginários de modo a incrementar os lucros. Adubos quimicos e pesticidas são usados indiscriminadamente para aumentar a produtividade e agora esta nova "técnica" de adicionar minúsculas partículas de vidro para melhorar a aparência, o peso e, evidentemente, os lucros das produções de cannabis.

Não me parece que este tipo de coisas surja em Portugal a curto prazo, mesmo porque a cultura canábica do típico tuga fumador é quase nula e não saberá distinguir uma boa cabeça de erva indoor da bula que compra no intendente. Para o típico tuga fumador não faz qualquer diferença nem o atrai ver uma erva carregada de cristais por isso não vale a pena pulverizar com vidro porque ninguém liga a isso e é raro aquele que vende com a balança à vista.

No entanto temos cá o nosso grande e persistente problema de contaminação e adulteração do haxixe. Com a publicidade que as autoridades têm feito ao chamado "Polen de haxixe", apelidando-o de "droga de ricos" e afirmando que é até 10 vezes mais potente que o haxixe "normal" a procura por polen e por outros produtos de melhor qualidade, como as chamadas bolotas, tem vindo a crescer. Este facto e também o crescente controle das fronteiras têm vindo a provocar uma grande descida na qualidade deste tipo de produtos. Produtos que há uns anos teriam quase uma garantia de qualidade são hoje também em grande medida adulterados.

Ainda se encontra no mercado polen e bolotas de qualidade mas muito cuidado com as imitações!! Nos últimos tempos tenho visto imitações que, numa primeira análise parecem ter boa qualidade mas que, com uma análise mais cuidada revelam não ser mais que um sucedâneo muito similar ao sabão mas com um aspecto muito parecido com o do polen.

Em geral o produto é mais pesado para o mesmo volume. Parece ter uma maleabilidade próxima do polen mas é muito difícil conseguir torná-lo moldável ou desfazê-lo só com o calor das mãos. É também um pouco mais escuro que o polen (embora certos polens sejam também de tonalidades mais escuras em geral a sua cor estará entre o amarelo torrado e o castanho claro). Um bom polen deverá borbulhar quando se aproxima a chama de um isqueiro. Um polen de qualidade média deverá tornar-se moldável apenas com o calor das mãos e, depois de amassado e prensado à mão, borbulha um pouco com a chama do isqueiro. E claro, a prova final de qualidade, "if it hits then it's good" se fizer o efeito desejado então será bom.

Um conselho que dou a todos aqueles que compram: Sejam exigentes com o dealer!

Se o dealer vos garante que o produto é bom então não se vai negar a aceitá-lo de volta e devolver o dinheiro, certo? Queixem-se! Se a coisa se repetir mudem de dealer! Se todos tiverem a mesma atitude o dealer terá que primar pela qualidade ou então não vende.

Melhor que isso seria cada consumidor cultivar a sua própria cannabis mas infelizmente não posso recomendar isso porque estaría a recomendar que cometam um crime para evitar cometer uma contra-ordenação (comprar para consumo próprio não é crime). Por isso o que recomendo é que lutem pela despenalização ou pelo menos pela descriminalização do auto-cultivo. Para que o consumidor consciente e responsável possa optar por uma forma segura de obter cannabis sem que se arrisque a que lhe destruam a vida com um processo criminal. É intolerável que uma lei cause mais danos do que o acto que pretende prevenir poderia alguma vez causar. Não podemos tolerar isto! Este verão de 2007 foi um verão negro para quem escolheu a via do auto-cultivo para a redução dos riscos do consumo de cannabis. Dezenas de cultivadores vêm-se a braços com processos criminais, vão ficar com registo criminal, viram as suas famílias tremendamente afectadas pelos casos e arriscam penas de prisão, onde talvez aprendam a comportar-se como criminosos de verdade.

Desculpem lá o discurso! Vou fazer uma força para que a descriminalização do auto-cultivo seja um dos temas centrais da Marcha Global da Marijuana de 2008. Espero que até lá os consumidores ganhem um pouco de consciência e se dediquem a esta luta!

Discurso desculpado!

Este caso de erva adulterada não é propriamente único. Aconteceu também algo semelhante em França e na Alemanha, havendo notícias de erva com chumbo na Alemanha. A crer pelos depoimentos de donos de coffee-shops holandesas, no artigo da Soft Secrets sobre este tema, já há algum tempo que têm sido "assediados" com esse género de produtos. No entanto, têm (além de direitos e deveres de cidadania) todo o tempo do mundo para analisar bem o que lhes pretendem vender, facto pelo qual no mercado holandês essa erva não entrou e, segundo o que transparece desse artigo, foram procurados mercados estrangeiros para difundir essas burlas. Isto porque noutros países os negócios têm permanentemente a pressão do risco legal que não permite tanto tempo ao comprador de examinar o produto, facilitando a fraude.
Neste contexto, não fosse o risco legal associado, o auto-cultivo poderia ser uma forma de reduzir riscos. Riscos de adulteração, falta de controle sob a produção... De facto não faz sentido que, sendo o tráfico crime e o consumo não, que o consumidor tenha de recorrer ao mesmo tráfico e que possa ser considerado criminoso só por não recorrer a esse mesmo tráfico, que esse sim repito e não o consumo, é crime.
Força para a luta!

Aqui ficam de novo os vídeos da reportagem da ITV, aproveitando para testar esta funcionalidade...